TRANSFORMAÇÃO

27 de outubro de 2010 0 Por Cris Danois


“Nas noites que não durmo
Não dormem também o relógio
E toda a escuridão
Que espreitam e compassam a minha alma perdida.”

Com lábios e voz hesitantes
e com palavras tímidas
luto e tento dizer
o que sinto nestas noites escuras em claro,
entre sonhos e pensamentos
todos misturados
escondidos em ângulos sombrios
e desejos que jamais serão
loucuras do meu ser…
nestas tristes noites
minha alma permanece suspensa como por um fio
tentando atravessar os portais da limitação
para inteira moldar-me a ti
de dentro para fora
num ato de renúncia e aceitação
como o ar que tu respiras.

No entanto, além de noite, chove e troveja
e a força da natureza
destroça a nuvem
e decreta o feroz apocalipse do meu ser.